O vale dos castelos de Bragança Paulista.
Bairro da Bocaina - O protagonista Waldemar Helena 

Com a deflagração da 2º Guerra Mundial, a década de 40 foi marcada por grandes crises econômicas e falta de produtos e insumos, refletindo-se na nossa agricultura, obrigando as propriedades rurais a limitarem a produção.


O casal Waldemar/Maria Antonieta Lisa Helena             (D. Neizinha) com seus familiares numa ala do jardim da casa-sede.
                   
Waldemar Helena, que foi proprietário da Fazenda Bocaina, de 1952 a 1964, tinha por hábito percorrer a cavalo toda a propriedade, verificando os trabalhos em andamento e as necessidades.

Neste contexto, a Fazenda Bocaina teve suas instalações deterioradas, diferentes das deixadas pelo seu antigo proprietário Raul Rodrigues de Siqueira, em 1936, o qual a vendeu para João Marques da Fonseca, que também a revendeu, posteriormente.

A terrível década foi se passando e o velho casarão com suas paredes castigadas pelo tempo e com seu jardim transformado em matagal, onde outrora vicejavam lindas flores, vai agonizando, caminhando para o fim, parecendo apagar as marcas de uma rica história familiar. Por força do destino, aquilo que no século passado tinha sido desbravado por um casal de Atibaienses é, no início dos anos 50, adquirido por dois irmãos advindos do município de Atibaia: Alexandre e Waldemar Helena que com suas esposas, tiveram o desafio de restaurar e reviver o passado brilhante dessa propriedade. 

 

   Nos idos de 1956, Waldemar Helena ensinava seus filhos Lígia e Renato a cuidarem dos animais da fazenda, despertando-lhes o gosto pelas atividades do campo.

Waldemar e sua esposa, a professora Maria Antonietta Lisa Helena, passaram a residir no velho casarão que, assim, como num passe de mágica, revive novamente seu passado de esplendor e glória.


O casal Waldemar/Maria Antonieta Lisa Helena, em 1968, quando da comemoração das Bodas de Prata, em companhia dos filhos Lígia, Waldemar Jr., Tereza e Renato.
        

As paredes são restauradas, o mobiliário francês recuperado, suas louças Bacará reluzem, as flores renascem no imenso jardim, o velho chafariz volta a entoar o romântico som das cristalinas águas, animais de toda espécie povoam a propriedade, os imensos cafezais floridos, dando um aspecto de grande beleza, e os filhos do casal: Lígia, Waldemar Jr., Tereza e Renato, graças aos ensinamentos de seus pais, tomam gosto pela vida do campo.

Amante da arte e da natureza, Waldemar implanta um pomar com todas as qualidades de frutas, até as mais exóticas e originais e transforma a Serra da Bocaina, povoando-a com eucaliptos e pinheiros, que ainda lá permanecem, dando-nos a impressão de estarmos nos Alpes europeus.

Em 1964, os irmãos Helena vendem a propriedade a Antonio Basile, que tem por missão dar continuidade à história e o brilho dessa propriedade bragantina.

 

 

Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no Bragança Jornal Diário em 1997
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