A presença dos Ingleses na Região Bragantina 
A extinta estrada de ferro Bragantina - Vamos imagina-la presente e por ela vamos viajar.

lmaginamo-nos no início deste século realizando uma viagem pela extinta Estrada de Ferro Bragantina, partindo do antigo Distrito de Vargem, pertencente a Bragança Paulista, e hoje sede de município. São apenas 4h00 da madrugada e o Hotel Berardi que na época ali existia, já está servindo o café da manhã para seus hóspedes. A estação começa a receber seus afoitos passageiros, os vendedores de doces caseiros perambulam pela plataforma, enquanto as filas para compra dos bilhetes já se formam disputando-se os vagões de 1º classe, pois o trem da Estrada de Ferro Bragantina partirá exatamente às 5h30.

                

Chegada a hora, um forte apito é dado pela locomotiva a vapor que, juntamente com os vagões de passageiros, inicia sua viagem entrecortando o Vale do Guaripocaba.

De repente, ainda na penumbra da madrugada, cruzamos o Rio Jaguary, numa artística ponte no Bairro do Rio Acima, onde apreciamos as plantações de cereais existentes no imenso vale e, rapidamente efetuamos a nossa primeira parada na Estação de Guaripocaba, em que mais passageiros tomam lugares nos vagões, enquanto os troles, semitroles, charretes e carroças que os trouxeram até esse local, advindos das fazendas que margeiam a estrada de Anhumas, iniciam a viagem de volta. O nosso trem a vapor velozmente vai deslizando pelas planícies do Vale do Guaripocaba onde, além de plantações de cereais, começamos a observar as de cebolas e verduras. A topografia começa a ondular-se e bem próximo ao Rio Jaguary surge a Estação de Curitibanos, e ali observamos a "Machina Santa Maria" beneficiando o café, que mais tarde seria transportado pelo trem de cargas por essa mesma ferrovia. Saindo das margens do Rio Jaguary, adentramos as do Ribeirão Lavapés e, bem próximo ao atual Bairro do Popó, contemplamos os vinhedos cultivados pelos imigrantes italianos.

Lavapés, observamos que as chácaras de verduras e frutas vão se adensando quando, num passe de mágica, centenas de bois e porcos se avolumam à nossa vista.

Por volta de 6h00, estamos cruzando o antigo matadouro municipal de Bragança. Novamente da locomotiva soa forte apito anunciando-nos que estamos chegando ao centro da cidade: à Estação Bragança, no Bairro do Lavapés.

Composição de cargas, aguardando na plataforma da Estação Bragança, no Bairro do Lavapés, o momento de partida com destino a Campo Limpo.

 

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Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no BragançaJornal Diário em 1997
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