A imigração Italiana em Bragança Paulista - A colonização do Bairro de Uberaba.
O protagonista Ricardo Grassom e seu legado.

 

 

Com a vinda para o bairro do Uberaba, neste município, do  casal de italianos Ângelo/Ângela Grasson houve modificações da paisagem tornando-a tipicamente italiana o que perdura até os nossos dias. 

Dos cinco filhos dos filhos do casal, dois eram apaixonados por agricultura e deram prosseguimento ao sonho de seus pais, com muito amor, dedicação e gosto pela terra. Ricardo e Alberto, com os conhecimentos recebidos de seus pais, originários da longínqua província de vento (Itália), transformaram o bairro do Uberaba numa forte região vinícola, marcando, assim mais um capitulo na história da agricultura Bragantina. 

Ângelo Grasson, filho de Ricardo e neto de Ângelo/Ângela Grasson, comercializava as uvas niágaras, usando, para transporta-las para a cidade, um meio atualmente raro: uma charrete.

  
Ricardo, auxiliado por sua esposa Maria Baraldi e seus filhos Ângelo, Iolanda, Vitória, Oreste, Olga e Antonieta se dedicaram ao cultivo de uva de mesa, da variedade Niágara, sem nunca se esquecer de anualmente, confeccionar um delicioso vinho caseiro.

Com apenas cinco alqueires de terra, além de cultivar mais de 10.000 pés de uvas de mesa nas partes mais baixas da propriedade, cultivava, também, 12.000 pés de café, nas terras mais elevadas do sitio, fazendo com que este se mantivesse produtivo o ano todo. 

O verde das videiras e o branco da florada dos cafezais proporcionavam aos que os viam, um espetáculo de rara beleza pelo contraste das cores. 

Nas épocas de colheita da uva, Ricardo e sua familia cuidadosamente embalavam os frutos em cestas por eles mesmos confeccionadas e, em uma pequena charrete, seu filho Ângelo percorria as ruas de nossa cidade vendendo as deliciosas uvas. 

O tempo passou e a tarefa de dar prosseguimento coube ao primogênito Ângelo que com sua esposa, Elizabeth e os filhos Flávio e Célia (já falecida), adquiriam mais 10 alqueires, diversificados ainda mais suas atividades agrícolas, passando a produzir laranja-ponkã, marmelo, cereais e leite. 

Ricardo, sua esposa Maria e seus filhos Olga e Ângelo que auxiliaram seus ascendentes Ângelo/Ângela na formação das vinhas.

Atualmente Ângelo, com mais de 80 anos, viúvo e seus filho Flávio e a nora Helena, continuaram a tarefa iniciada há mais de um século, permitindo que depois de tantos anos, possamos ainda, anualmente, saborear como nossos antepassados o fizeram, as uvas niágaras da familia Grasson que hoje são comercializadas pelo filho Flávio.


Ângelo Grasson (neto), no trabalho de colheita das uvas, auxiliando por  seus filhos Célia (já falecida) e Flávio.

  


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Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no BragançaJornal Diário em 1997
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