A presença dos Ingleses na Região Bragantina 
A extinta estrada de ferro Bragantina - Sua gente sua historia. 

Desde sua implantação até sua extinção a Estrada de Ferro Bragantina formou uma família que escreveu importante página na história de nosso município e de toda a região bragantina.

 

  Interior do depósito de locomotivas, no Bairro do Taboão onde os ajustadores de oficina - da esquerda p/ a direita - Tércio Ferreira de Araújo, Dorival Aparecido Colombo, Sebastião Pinto da Cruz e Aristeu Ananias da Oliveira, faziam seus trabalhos.
Já na sua construção, no século passado, exigiu o suor e causou calos na mãos de muitos operários que, juntamente com os grandes mestres que arquitetaram pontes, pontilhões e edificações em estilo Vitoriano, se transformaram em heróis anônimos de nosso progresso e desenvolvimento.
 
  Automotriz "IV Centenário" na estação Taboão, pela qual era feito o transporte de passageiros de Vargem a Campo Limpo
Após sua inauguração e em toda sua existência, a ferrovia jamais sofreu qualquer acidente grave, quer seja no transporte de cargas ou de passageiros, demonstrando dedicação e profissionalismo dos funcionários que a serviram em todos os tempos. Esses mesmos funcionários fizeram do Bairro do Taboão o local de eventos culturais e recreativos promovidos pela associação por eles fundada, o conhecido e ainda ativo Clube Recreativo "Ribeiro de Barros, que, por décadas, realizou grandes e animados bailes carnavalescos

Na área esportiva, também, os funcionários deixaram um grande legado: o Ferroviários Atlético Clube que, aliás, completa agora 50 anos de fundação, sempre participando com destaque dos torneios de futebol amador de Bragança Paulista.

Para defesa da categoria e participação direta em nossa sociedade, em 1956 fundaram a União dos Ferroviários da Estrada de Ferro Bragantina, que, em sua existência, teve atuantes presidentes como:

O chefe de carpintaria da ferrovia Tito Tezoni e sua esposa Irene Tezoni, já falecidos.

Dorival Machado de Oliveira, Francisco Orlando Gebin, Guido Suppioni Júnior, Édison Rodrigues Costa, Joaquim de Oliveira Machado, Cândido AfIa Salles, Ayrton Athanásio, Carlos Gomes Luiz, Adolpho Lattanzzi, Ângelo Pazzotto e Sotero A. Arcanjo. Mesmo após a extinção da ferrovia, ocorrida em 1967, conseguem implantar, em 1985, em sede própria nesta cidade, uma sucursal do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona SoroCabana, legitimando os interesses de centenas de ex-ferroviários de Bragança Paulista e região, graças ao espírito de luta dos ex-ferroviários Ayrton Athanásio, João de Toledo, Flávio Rodrigues, Antonio Miguel Cestari e outros, mantendo, assim, viva a lembrança da extinta ferrovia, bem como à cooperação do então prefeito José de Lima que concretizou a doação de terreno próprio para a entidade. 

 
A automotriz Sentinell no interior da garagem de locomotivas da estação Taboão, à frente da qual, entre outros, estão os antigos ferroviários: Antonio Miguel Cestari, Melchisedeck Donatti (Bimbo), Augusto Casare, Francisco de Lima, Diolindo Felizardo, Aristeu Ananias de Oliveira, Gentil de Mattos, Afonso Hotense, Francisco Naya, Dorival da Silva, Armando dos Santos, Enio El Badue, Dorival Aparecido Colombo, Dorival Marcolino, Mário Pinto dos Santos e Aristides Alfano.   O trem pagador, conhecido por Auto Linha, da extinta Estrada de Ferro Bragantina, tendo à fente, entre outros, João Azevedo, Mauro Lugli, Afonso Cândido de Lima, Aristides Alfano, Armando dos Santos, Francisco Naya, Afonso Hortense e Antonio Miguel Cestari.
 

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Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no BragançaJornal Diário em 1997
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